segunda-feira, 23 de abril de 2012

UM DEBATE SOBRE INFANCIA E LUDICIDAE: A importância da brinquedoteca em seus diversos contextos


No segundo encontro, do dia 24 de agosto de 2010, foi proposta a discussão de textos do livro: “Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos”, tendo como organizadora Santa Marli Pires dos Santos.

A princípio, a discussão foi iniciada por duas acadêmicas, Leidiane e Geizilene, no qual ficaram responsáveis pelo texto. Já de início, durante à apresentação deste, muitas questões foram surgindo e provocando uma boa altercação entre o grupo, em que o principal foco era falar das várias experiências da brinquedoteca em seus distintos contextos.

Santos (1997) vêm dizer-nos sobre a importância da brinquedoteca, e ainda como ela deve ser vista dentro da universidade. Ela e outros autores dessa linha de pensamento nos explicam que a brinquedoteca está totalmente ligada ao ensino, pesquisa e extensão. Neste sentido, esses fatores nos dão fundamentos para que tenhamos uma melhor formação acadêmica, obtendo experiências e compreendendo o universo lúdico, valorizando a importância do desenvolvimento infantil.

Em relação à discussão, creio que cada novo encontro que temos no grupo de estudos surgem novas visões e principalmente, acerca da valorização da brinquedoteca. Muitos pensam que a brinquedoteca é somente um espaço/sala com brinquedos, mas ela significa muito mais que uma simples sala decorada e confeccionada de materiais e brinquedos. Ter um espaço como esse (uma brinquedoteca), independente de qual seja o contexto, significa ter uma diferente postura diante da educação, proporcionando assim mudanças e acreditando no lúdico como uma estratégia do desenvolvimento infantil, pois a brinquedoteca proporciona à criança o desenvolvimento através de jogos e brincadeiras, assim, ao mesmo tempo que a criança está brincando ela também está aprendendo.

A brinquedoteca é,

“[...] um espaço alegre, colorido, diferente e desafiante, onde a criança realmente possa brincar e brincando possa desenvolver uma autonomia, criatividade, iniciativa, senso crítico e responsabilidade tornando-se pessoa, cultivando sua auto-estima e desenvolvendo um autoconceito positivo.” (Santos 1997).


O texto nos direcionou a uma boa discussão, com participação e depoimento dos alunos sobre o assunto. É interessante que o texto vem  mostrar que a brinquedoteca pode ser instalada em outros locais que não seja somente em universidades e escolas, mas em hospitais, comunidades ou bairros que não só tenha a participação das crianças em si, mas que jovens e adultos façam parte da brinquedoteca, na luz de que possam está refletindo sobre suas práticas e familiarizando-se com outras pessoas de forma harmônica. Neste sentido, a ludicidade estará sempre presente, que, em geral, não significa ser somente “coisa de criança”, mas que faz parte de um todo.

Geralmente os textos curtos discutidos, mostram várias visões e possibilidades diversificadas de si criar uma brinquedoteca, dessa forma, os textos já trazem alguns projetos elaborados, que certamente foram executados e viabilizam implantações e suporte a uma brinquedoteca, mostrando-nos, portanto, a importância da existência da mesma para educação. Sendo assim, seria necessário inserir nesses ambientes, de vários contextos diferentes, profissionais da educação que preferencialmente tenham afinidades com a questão e que possuam uma formação nesta área , sabendo da importância do brincar, do que é infância, que goste de brincar, cantar e se relacionar com esses indivíduos, de modo geral  seria esse o papel do brinquedista.

Em suma, esses projetos apresentados, nos deram luz para melhorarmos a qualidade do laboratório e brinquedoteca Mario de Andrade no campus de tocantinópolis-To (UFT), que nos trouxe inúmeros desafios a serem encarados e enfrentados com seriedade, portanto a brinquedoteca é um local onde deve prevalecer o desenvolvimento das atividades lúdicas e a valorização do ato de brincar.

 Aluno: Alexsandro Santos

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Cotidiano da criança no Brasil: Entre o Brasil e o Império


No dia 19 de outubro do ano corrente tivemos mais um encontro do grupo de pesquisa, encontro este que se iniciou com a leitura do relato do dia 14 de setembro feito pela bolsista Valéria Alves, onde o texto foi “A Linguagem Audiovisual, Enquanto Recursos Lúdicos na Alfabetização” pelas professoras Arinalda Silva Locatelli e Fabíola Andrade.

Em seguida iniciou-se a discussão do texto: “O Cotidiano da criança no Brasil: Entre o Brasil e o Império” de Mary Del Priore. Inicialmente a aluna Cristiane Rosa leu uma rápida biografia da autora e citou algumas obras, e prosseguiu falando sobre o que era a criança e sua importância, crianças estas que são definidas pelos documentos referentes à vida social na América portuguesa como “mudos”, “ingênuos” e “infantes”. Cris coloca que aos sete anos de idade as crianças já começavam a desenvolver suas primeiras atividades de trabalho acompanhados por seus pais ou estudavam em domicilio. 

Cristiane falou também da questão do parto e dos primeiros cuidados para com os recém-nascidos, cuidados estes que acabavam por causar a morte dos pequenos, poi as mães e “comadres” ou apareideras se encarregavam da lubrificação das partes genitais das crianças com gordura anima, óleo de alfazema ou azeite, já a cabeça era modelada e o umbigo recebia óleo de rícino misturado a pimenta com fins de cicatrização.

As mães indígenas preferiam banharem-se no rio com seus com seus rebentos, as africanas costumavam esmagar o narizinho de seus pequenos dando-lhes uma forma que lhes pareciam mais estéticas. Quanto à alimentação destaca-se que a maior preocupação da mãe era a de arredondar a criança não alimentado-a, mas dando-lhe de comer. A professora Arinalda fala da falta de conhecimento do que era uma alimentação saudável, pois ao nascer essas crianças já comiam mingau e esse tipo de alimento era basicamente farinha com leite de vaca e acabavam por adoecer a criança.

A aluna Rita de Cássia entra falando do perigo das bruxas, onde fala que o médico Bernardo Pereira prevenia sobre poder que as bruxas tinham de atrofiar os recém-nascidos por maléficos, pois segundo ele elas chupavam o sangue dos meninos e por isso os mesmos não podiam ficar sozinhos enquanto dormiam e ser protegidos graças a defumação e o uso de arruda entre os lençóis era obrigatório, mas o que não se sabia é que não eram as bruxas responsáveis pela mortalidade infantil, mas sim os cuidados exagerados para com os pequenos. E neste ponto do texto foram discutidos vários causas para a mortalidade infantil como o mau de sete dias, como sarampo, sarna e impigem, que eram combatidas com remédios de pouquíssima eficácia. 

Cristiane retoma falando da questão do batismo que tenha prazo para que a criança não morresse sem ser batizada, bem como o habito de dar nome de santos às crianças para que os mesmos protegessem as crianças.

Rita retoma falando da questão do amor de pai que deveria se inspirar no que Deus ensinava que é amar e castigar e dar trabalho, nesta vida, e assim vícios e pecados, mesmo cometidos por pequenos, deviam ser combatidos com açoites e castigos. O texto segue e nos coloca a questão do brincar, onde a Rita coloca algumas brincadeiras como: miniaturas de arco e flecha para instrumentos de pesca, e Cristiane entra falando que a formação da criança acompanhava-se de certa preocupação pedagógica que tinha por objetivo transformá-lo em um individuo responsável e coloca também que segundo as cartilhas aprende-se a ler repetindo silabas de duas letras, depois de três e Rita de Cássia fala que pouco a pouco a educação e a medicina vão burilando as crianças do Brasil Colonial.

A professora Fabíola encerra a discussão com alguns questionamentos sobre o texto como: Antes a criança não era vista como ser participante da sociedade e será que hoje o é? E o que fazer enquanto educador quando se deparar com situações como a discutida no texto? E nos aconselhou a refletir sobre os mesmos, de modo que possa contribuir para nossa formação profissional e pessoal.

Aluna: Gêzilene de Sousa Anjos Mendonça.

terça-feira, 17 de abril de 2012

A linguagem Audiovisual Enquanto Recurso Lúdico na Alfabetização: Relatório


No dia 14/09/2010 nos reunimos para comentar o trabalho em Miracema, onde o tema é “A linguagem Audiovisual Enquanto Recurso Lúdico na Alfabetização” apresentado por: Arinalda Silva Locatelli e Fabíola Pereira se Andrade.

Esse trabalho desenvolvido tinha a intenção de contagiar os colegas da Universidade, pois foi desenvolvido através das disciplinas: Metodologia do Trabalho em Educação Infantil e, Alfabetização e Letramento no ano de 2009.2°. sendo que as duas disciplinas fazem parte do núcleo do estudo básico do curso de pedagogia.

O trabalho fala do Projeto Cineclubinho, onde o objetivo maior é o de promover as crianças tocantinópolinas o áudio visual como agente de desenvolvimento cultural e social. O projeto nasceu no campus de Tocantinópolis, com parceria do Cineclube no ano de 2009.

A professora Fabíola diz que “A Universidade deve ter ensino, pesquisa e extensão”. Pois, para ela trabalhar com o cinema na sala de aula ajuda a reencontrar a cultura, onde o cinema traz além da estética, o lazer, a ideologia e valores sociais. (Napolitano, 2003, p.11), esta citação nos diz que é a realidade esta longe de obtermos, mas o quanto é importante o recurso lúdico na educação infantil. Segundo o aluno Ravel, um dos integrantes do grupo: “é necessário levar em conta a realidade dos alunos, o que nem sempre acontece”.    

Este projeto do Cineclubinho lançou seu olhar a dois aspectos fundamentais: a ludicidade e o processo de alfabetização (pesquisa e ensino) sendo dois temas importantes, mas que precisa de atenção.

Segundo a professora Arinalda fala “ A teoria não é algo morto, e algo dialético, pois não é só à criança que deve ter o direito de brincar, mas também os idosos, que obtemos como exemplo a Universidade da Maturidade. Com o Cineclubinho, a criança vai está aprendendo, dentro de um lugar poderoso. Mas para que possa acontecer uma educação lúdica é necessário recuperar o verdadeiro sentido da palavra “escola” um lugar de alegria, prazer intelectual e satisfação”.

Para concluir citarei uma frase muito citada pela professora Fabíola:

“A Alegria não chega apenas do encontro do achar, mas parte do processo da busca”. (Paulo Freire, 1996, p.160). 

Aluna: Valéria Alves Dias.
Bolsista: Cineclubinho (UFTOCA).

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Próxima Discussão



Reunião do Grupo de Estudos na Sexta-Feira (13/04/2012), com apresentação do texto “A leitura dos Quadrinhos”de Paulo Ramos, 1° capitulo: Os Gêneros das Histórias em Quadrinhos. 
Discussão proporcionada pelas alunas Cristiane Rosa e Allyne Araújo. Texto disponibilizado na Xerox do campus. Interessados procurem as meninas do Cineclubinho e Briquedoteca. 

terça-feira, 10 de abril de 2012

Todas as crianças



Todas as crianças querem a paz no mundo, mas nem todas são educadas livres da ótica da discriminação, do preconceito, em condições de encarar, como dotados de igual dignidade, brancos, negros, amarelos e indígenas.
Todas as crianças gostam de falar com Deus, mas nem todas aprendem que Deus ama, sem distinção, muçulmanos, judeus, cristãos, adeptos do candomblé, do Santo Daime, e até mesmo quem não crê.
Todas as crianças necessitam brincar, mas nem todos os pais têm condições de evitar que enveredem pela senda do trabalho precoce, do ponto de esmola na esquina, da exploração sexual, das sendas do crime.
Todas as crianças adoram perder tempo com seus amigos e amigas, mas algumas tornam-se adultas antes do tempo, devido à agenda sobrecarregada imposta pela família, com aulas de balé e natação, de idiomas e de música, sem nunca terem se sujado no barro. Ou, empobrecidas, são obrigadas a lutar desde cedo pela sobrevivência.
Todas as crianças são dotadas de incomensurável fantasia, mas muitas não têm sonhos próprios, porque delegaram à TV o direito de imaginar por elas. Assim, crescem saturadas de (des)informações que não processam, vulneráveis em seu código de valores e confusas quanto aos princípios éticos a serem abraçados.
Todas as crianças são generosas, mas nem sempre há quem lhes ensine partilhar o que acumulam nos armários, na lancheira e no coração.
Todas as crianças precisam de muito amor, mas nem todas conhecem quem preste atenção no que falam e fazem, passeie com elas nos fins de semana, evite barganhar o carinho sonegado por presentes e promessas.
Todas as crianças gostam de doces, mas nem todas são educadas para apreciar frutas e verduras, evitando desde cedo preencher com a boca o que lhes falta no coração.
Todas as crianças adoram ouvir histórias, mas nem todas conhecem quem se disponha a contar-lhes o mundo da carochinha ou a ler para elas os textos sagrados.
Todas as crianças imitam adultos que admiram, mas nem todas aprendem a conhecer Jesus e Francisco de Assis, Gandhi e Che Guevara, e crescem empolgadas com o exterminador do passado, do presente e do futuro.
Todas as crianças são sedentas de alegria, mas como esperar que sorriam se os adultos discutem na frente delas ou expressam seu racismo, seu ódio e sua ganância por dinheiro e bens?
Todas as crianças ignoram a morte como ameaça real, e nenhuma delas se propõe a matar o semelhante, a fabricar ou comercializar armas, a bombardear populações civis. Se uma criança rouba, droga-se ou mata é porque o mundo dos adultos condenou-a a ser o reverso de si mesma.
Todas as crianças adoram sonhar, mas, se não encontram pelo caminho quem infle os seus sonhos, como um balão que voa rumo à utopia, correm o risco de buscar na química das drogas o que lhes falta em auto-estima.
Todas as crianças são convencidas de que, entregue nas mãos delas, o mundo seria bem melhor, pois nenhuma delas suporta ver o semelhante com fome, na miséria ou vítima de guerras.
Todos nós deveríamos cultivar para sempre a criança que um dia fomos.

Fonte: Frei Betto (Correio da Cidadania. Disponível em: http://primeirainfancia.org.br/?cat=83

Lei nº 12.602, de 03 de abril de 2012 Institui a Semana e o Dia Nacional da Educação Infantil

ABRIL 10, 2012


A Presidenta da República: “Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É instituída a Semana Nacional da Educação Infantil, a ser celebrada anualmente na semana de 25 de agosto, data esta que passa a ser comemorada como o Dia Nacional da Educação Infantil, em homenagem à Dra. Zilda Arns.
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 03 de abril de 2012; 191o da Independência e 124o da República.

Dilma Rousseff
Aloizio Mercadante
Vitor Paulo Ortiz Bittencourt”

fonte: http://primeirainfancia.org.br/?p=8609