No
dia 19 de outubro do ano corrente tivemos mais um encontro do grupo de
pesquisa, encontro este que se iniciou com a leitura do relato do dia 14 de
setembro feito pela bolsista Valéria Alves, onde o texto foi “A Linguagem
Audiovisual, Enquanto Recursos Lúdicos na Alfabetização” pelas professoras
Arinalda Silva Locatelli e Fabíola Andrade.
Em
seguida iniciou-se a discussão do texto: “O Cotidiano da criança no Brasil:
Entre o Brasil e o Império” de Mary Del Priore. Inicialmente a aluna Cristiane
Rosa leu uma rápida biografia da autora e citou algumas obras, e prosseguiu
falando sobre o que era a criança e sua importância, crianças estas que são
definidas pelos documentos referentes à vida social na América portuguesa como
“mudos”, “ingênuos” e “infantes”. Cris coloca que aos sete anos de idade as
crianças já começavam a desenvolver suas primeiras atividades de trabalho
acompanhados por seus pais ou estudavam em domicilio.
Cristiane falou também da
questão do parto e dos primeiros cuidados para com os recém-nascidos, cuidados
estes que acabavam por causar a morte dos pequenos, poi as mães e “comadres” ou
apareideras se encarregavam da lubrificação das partes genitais das crianças
com gordura anima, óleo de alfazema ou azeite, já a cabeça era modelada e o
umbigo recebia óleo de rícino misturado a pimenta com fins de cicatrização.
As
mães indígenas preferiam banharem-se no rio com seus com seus rebentos, as
africanas costumavam esmagar o narizinho de seus pequenos dando-lhes uma forma
que lhes pareciam mais estéticas. Quanto à alimentação destaca-se que a maior
preocupação da mãe era a de arredondar a criança não alimentado-a, mas
dando-lhe de comer. A professora Arinalda fala da falta de conhecimento do que
era uma alimentação saudável, pois ao nascer essas crianças já comiam mingau e
esse tipo de alimento era basicamente farinha com leite de vaca e acabavam por
adoecer a criança.
A
aluna Rita de Cássia entra falando do perigo das bruxas, onde fala que o médico
Bernardo Pereira prevenia sobre poder que as bruxas tinham de atrofiar os
recém-nascidos por maléficos, pois segundo ele elas chupavam o sangue dos
meninos e por isso os mesmos não podiam ficar sozinhos enquanto dormiam e ser
protegidos graças a defumação e o uso de arruda entre os lençóis era
obrigatório, mas o que não se sabia é que não eram as bruxas responsáveis pela
mortalidade infantil, mas sim os cuidados exagerados para com os pequenos. E
neste ponto do texto foram discutidos vários causas para a mortalidade infantil
como o mau de sete dias, como sarampo, sarna e impigem, que eram combatidas com
remédios de pouquíssima eficácia.
Cristiane retoma falando da questão do
batismo que tenha prazo para que a criança não morresse sem ser batizada, bem
como o habito de dar nome de santos às crianças para que os mesmos protegessem
as crianças.
Rita
retoma falando da questão do amor de pai que deveria se inspirar no que Deus
ensinava que é amar e castigar e dar trabalho, nesta vida, e assim vícios e
pecados, mesmo cometidos por pequenos, deviam ser combatidos com açoites e
castigos. O texto segue e nos coloca a questão do brincar, onde a Rita coloca
algumas brincadeiras como: miniaturas de arco e flecha para instrumentos de
pesca, e Cristiane entra falando que a formação da criança acompanhava-se de
certa preocupação pedagógica que tinha por objetivo transformá-lo em um
individuo responsável e coloca também que segundo as cartilhas aprende-se a ler
repetindo silabas de duas letras, depois de três e Rita de Cássia fala que
pouco a pouco a educação e a medicina vão burilando as crianças do Brasil
Colonial.
A
professora Fabíola encerra a discussão com alguns questionamentos sobre o texto
como: Antes a criança não era vista como ser participante da sociedade e será
que hoje o é? E o que fazer enquanto educador quando se deparar com situações
como a discutida no texto? E nos aconselhou a refletir sobre os mesmos, de modo
que possa contribuir para nossa formação profissional e pessoal.
Aluna:
Gêzilene de Sousa Anjos Mendonça.
Oi turma iluminada!
ResponderExcluirEste blog não tem SEGUIR! Temos que divulgar discussões e aprendizagens pertinentes!
Aqui no sertão de dentro (éééé ando muito nele) ainda se trata criança como adulto, não respeitando seu processo e transição para fase adulta, a infância fica perdida...
Bom fim de domingo p/ todos!
Ternurassssssss