quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Cotidiano da criança no Brasil: Entre o Brasil e o Império


No dia 19 de outubro do ano corrente tivemos mais um encontro do grupo de pesquisa, encontro este que se iniciou com a leitura do relato do dia 14 de setembro feito pela bolsista Valéria Alves, onde o texto foi “A Linguagem Audiovisual, Enquanto Recursos Lúdicos na Alfabetização” pelas professoras Arinalda Silva Locatelli e Fabíola Andrade.

Em seguida iniciou-se a discussão do texto: “O Cotidiano da criança no Brasil: Entre o Brasil e o Império” de Mary Del Priore. Inicialmente a aluna Cristiane Rosa leu uma rápida biografia da autora e citou algumas obras, e prosseguiu falando sobre o que era a criança e sua importância, crianças estas que são definidas pelos documentos referentes à vida social na América portuguesa como “mudos”, “ingênuos” e “infantes”. Cris coloca que aos sete anos de idade as crianças já começavam a desenvolver suas primeiras atividades de trabalho acompanhados por seus pais ou estudavam em domicilio. 

Cristiane falou também da questão do parto e dos primeiros cuidados para com os recém-nascidos, cuidados estes que acabavam por causar a morte dos pequenos, poi as mães e “comadres” ou apareideras se encarregavam da lubrificação das partes genitais das crianças com gordura anima, óleo de alfazema ou azeite, já a cabeça era modelada e o umbigo recebia óleo de rícino misturado a pimenta com fins de cicatrização.

As mães indígenas preferiam banharem-se no rio com seus com seus rebentos, as africanas costumavam esmagar o narizinho de seus pequenos dando-lhes uma forma que lhes pareciam mais estéticas. Quanto à alimentação destaca-se que a maior preocupação da mãe era a de arredondar a criança não alimentado-a, mas dando-lhe de comer. A professora Arinalda fala da falta de conhecimento do que era uma alimentação saudável, pois ao nascer essas crianças já comiam mingau e esse tipo de alimento era basicamente farinha com leite de vaca e acabavam por adoecer a criança.

A aluna Rita de Cássia entra falando do perigo das bruxas, onde fala que o médico Bernardo Pereira prevenia sobre poder que as bruxas tinham de atrofiar os recém-nascidos por maléficos, pois segundo ele elas chupavam o sangue dos meninos e por isso os mesmos não podiam ficar sozinhos enquanto dormiam e ser protegidos graças a defumação e o uso de arruda entre os lençóis era obrigatório, mas o que não se sabia é que não eram as bruxas responsáveis pela mortalidade infantil, mas sim os cuidados exagerados para com os pequenos. E neste ponto do texto foram discutidos vários causas para a mortalidade infantil como o mau de sete dias, como sarampo, sarna e impigem, que eram combatidas com remédios de pouquíssima eficácia. 

Cristiane retoma falando da questão do batismo que tenha prazo para que a criança não morresse sem ser batizada, bem como o habito de dar nome de santos às crianças para que os mesmos protegessem as crianças.

Rita retoma falando da questão do amor de pai que deveria se inspirar no que Deus ensinava que é amar e castigar e dar trabalho, nesta vida, e assim vícios e pecados, mesmo cometidos por pequenos, deviam ser combatidos com açoites e castigos. O texto segue e nos coloca a questão do brincar, onde a Rita coloca algumas brincadeiras como: miniaturas de arco e flecha para instrumentos de pesca, e Cristiane entra falando que a formação da criança acompanhava-se de certa preocupação pedagógica que tinha por objetivo transformá-lo em um individuo responsável e coloca também que segundo as cartilhas aprende-se a ler repetindo silabas de duas letras, depois de três e Rita de Cássia fala que pouco a pouco a educação e a medicina vão burilando as crianças do Brasil Colonial.

A professora Fabíola encerra a discussão com alguns questionamentos sobre o texto como: Antes a criança não era vista como ser participante da sociedade e será que hoje o é? E o que fazer enquanto educador quando se deparar com situações como a discutida no texto? E nos aconselhou a refletir sobre os mesmos, de modo que possa contribuir para nossa formação profissional e pessoal.

Aluna: Gêzilene de Sousa Anjos Mendonça.

Um comentário:

  1. Oi turma iluminada!

    Este blog não tem SEGUIR! Temos que divulgar discussões e aprendizagens pertinentes!

    Aqui no sertão de dentro (éééé ando muito nele) ainda se trata criança como adulto, não respeitando seu processo e transição para fase adulta, a infância fica perdida...

    Bom fim de domingo p/ todos!

    Ternurassssssss

    ResponderExcluir