domingo, 27 de maio de 2012

COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DO BRINCAR

   
A data foi instituída pela Unesco e conta com a participação de centenas de cidades dos cinco continentes. O objetivo é resgatar e incentivar o brincar na infância e trazer a reflexão sobre a importância da brincadeira como momento da criação cultural e humana por excelência, e também no desenvolvimento infantil. Durante o Dia Internacional do Brincar ou mesmo durante a Semana Mundial do Brincar, as famílias podem se mobilizar para conhecerem os espaços de brincar do seu município, realizar encontros entre gerações para resgatar as brincadeiras e brinquedos antigos, construir brinquedos com seus filhos, entre outras atividades. O importante é brincar.  

No último sábado, dia 26 de maio, comemoramos esta data, com a presença de 35 crianças de nossa comunidade Tocantinopolina, que após assistirem ao filme "As aventuras do Mate", soltaram toda sua energia curtindo brincadeiras como: coelhinho sai da toca,mímica,corrida do ovo na colher, atravessar o rio, bom barquinho, pular corda, brincadeira de roda. O prof. André também encantou as crianças contando histórias infantis.

E após o gasto de várias calorias foi servido um gostoso lanche.



A comemoração foi organizado pela Brinquedoteca Mário de Andrade e o Cineclubinho UFToca e contou com o apoio de alguns alunos do 4º período do curso de Pedagogia.

Foi um momento mágico, para adultos e crianças, traduzindo bem a afirmativa de Adriana Friedmann, quando menciona que espaços como estes são para “aqueles que acreditam na infância, o cantinho da nossa vida que volta à lembrança através do brincar. Por que o brincar transforma”. E olha que vários adultos voltaram aos tempos de criança.




Agradecemos aos pais, crianças e equipe de organização pela divertida noite.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Infância, velhice e educação; Desafios da multiculturalidade


No auditório do campus de Tocantinopolis no dia 07/10/2011 ocorreu à abordagem do texto “Infância, velhice e educação; Desafios da multiculturalidade, de Neusa Maria Mendes de Gusmão, com a participação dos alunos da UMA (Universidade da Maturidade).

O processamento do conteúdo foi feito pela professora Fabíola e pela bolsista Lucilene. As boas vindas se sucederam através da aluna da UMA, dona Maria da Cruz, juntamente com seus colegas.

Primeiramente a docente Fabíola explica a relação entre infância, velhice e educação e de como e quando surgiram, e qual sua importância, já que a sociedade só se preocupava com o conceito “adolescência” e como a idosa era e continua sendo sinônimo de invalidez.

Em seguida a bolsista Lucilene aborda as três fases da vida, especificamente infância (processo cognitivo, desenvolvimento intelectual e percepção da realidade anterior), puberdade e adolescência e a velhice.

Por fim, o senhor Manoel, também aluno da UMA, finaliza o encontro a partir do assunto “Diabetes” pelo qual o participante citou os problemas causados pela doença, de como tratá-la e preveni-la. Se resumido em poucas palavras “nada melhor que um bom exercício físico e uma ótima alimentação”.

Aluna: Jessany Andrade de O. Lima.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Direito de Brincar: A Brinquedoteca


Conforme os depoimentos as brincadeiras tinham um nome diferente das de hoje. As brincadeiras vão mudando conforme a geração, muitas brincadeiras mudam o nome, de regras. Antes havia sociabilidade, agora por causa da violência e da era dos computadores isso mudou.

A professora Arinalda falou sobre as brinquedotecas de adultos, que hoje em dia não vermos, a religiosidade, a questão do lúdico para crianças, e as escolas que procuram trazer de volta as brincadeiras tradicionais.

O mundo dos adultos é diferente do mundo das crianças. Discussão parecida com o livro infantil. A criança aprende mesmo sem um adulto está direcionando a brincadeira.
A Allyne comentou que se a matemática fosse ensinada com brincadeira seria muito mais fácil. Na creche as crianças tem uma rotina, quando ela vai para casa ou para o primeiro ano ela sente falta da rotina. Antigamente as crianças faziam seus próprios brinquedos. A criança precisa usar a imaginação.

Há casos em que os pais tentam fazer das crianças o que eles desejavam ser ou ter.

A professora Arinalda diz que cada pessoa é um individuo único e singular, e deu o exemplo de uma família de três filhos, onde o pai é ladrão, e mesmo assim, isto não determina que se tornarão como pai.

Thais H. dos Santos.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Homo Ludens – Filosofia


A reunião do grupo de estudos se deu no dia 25/05/2011, aonde os alunos Alexsandro e Allyne compartilharam conosco sobre o livro “Homo Ludens – Filosofia”. A professora Arinalda falou que esse livro é filosófico. O autor é holandês e que o livro fala sobre o homem lúdico, sobre o jogo e a noção de jogo.

Alexsandro falou que é essencial ter um dicionário para auxiliar na leitura, para que assim possamos entender-la melhor. O jogo tem diversas concepções. No inicio do livro o autor dá a definição de jogo, porque cada língua tem uma definição diferente de jogo. Entre todos os povos existe vários tipos de jogos, que são vistos de diversas maneiras. O jogo faz parte da vida do ser humano, bem como possuir em si diversas temáticas.

O jogo tem diversas categorias. A professora Arinalda explicou que o jogo é usado para designar alguma coisa. E que este é visto de diversas maneira dependendo do contexto. Allyne leu que o jogo foi encarnado como algo divino. Alexsandro explicou que o sufixo “inda” refere-se ao brincar infantil. A língua grega usa três modos de falar sobre o jogo. O fato de usar raídia com acento é um acontecimento onde o adulto pode brincar.

A criança sempre quer brincar, sempre esta alegre. A professora Arinalda falou que os gregos viam o jogo de uma maneira diferente. Os jogos eram competições, que podem ter função de algum ritual. E a palavra jogo é usada com varias designações, não necessariamente jogo de brincar. Na concepção chinesa o fato de você esta no lugar onde o jogo esta realizado, indica que você também esta jogando, ou seja, a concepção de jogo muda de país para país.

Allyne coloca que os jogos de azar fazem parte de uma questão de luta. Alexasandro fala que para os japoneses a vida é como se fosse um jogo. A professora Arinalda disse que a pessoa age por capricho, por prazer e isso é um jogo.

Alexsandro disse que “ludus” no latim tem haver com jogo no geral. “Ludus” se tornou referencia para varias línguas. E o autor usa vários textos da bíblia para falar sobre jogo.
Os gladiadores são um exemplo de jogo mortal, onde a multidão participava com euforia. Os instrumentos musicais, bem como a melodia de uma música faz parte do jogo também. Allyne falou sobre o jogo da conquista, e os jogos do amor, e Jaqueline encera falando que a criança aprende brincando.

Aluna: Elisabete Marques Henrique dos Santos

sábado, 19 de maio de 2012

Como usar o cinema na sala de aula


No dia 27/04/2011 tivemos mais um encontro do grupo de estudos NEIL, dessa vez com a apresentação do texto de Marcos Napolitano “Como usar o cinema na sala de aula” apresentado pelas bolsistas Leidian, Valéria e Gezilene.

De inicio foi apresentado o roteiro de como ia se dar a apresentação (oficina que ira ser realizado no dia 29 de abril), na qual em primeiro momento iria ser feito a apresentação do projeto cineclubinho, como este surgiu, o objetivo geral, o especifico e por fim iria ser apresentado as experiências vivenciadas no projeto.

De inicio, foi colocado que o projeto surgiu quando os professores perceberam o uso do audiovisual de maneira inadequada dentro da sala de aula. Então, a partir da inquietação das professoras Arinalda e Fabíola preocupadas com o desenvolvimento integral das crianças, criaram o projeto de extensão denominado cineclubinho, em parceria com a Secretária Municipal de Educação e com o Cineclube da UFT de Tocantinópolis coordenado pelo professor João Batista, por este assimilar que existiam crianças assistindo filmes de adultos nas sessões do cineclube. Daí veio a idéia de pensar um projeto destinado ao público infantil, que tivesse como característica pensar o aspecto cultural e o pedagógico, pois nenhum campus tinha um projeto dessa natureza. Desse modo, o projeto Cineclubinho surge em 2009, com o objetivo de promover o audiovisual, já que Tocantinópolis não oferecia nenhum espaço para as crianças nesse sentido. O projeto tinha/tem muito mais a ser visto além de que é mostrado. A criança, portanto pode alargar a sua imaginação. Então, em primeiro momento o que se pretendia era criar um espaço de atendimento as crianças que acompanham seus parentes a sessão do cineclube.

Segundo Valéria, o espaço proporciona acesso à cultura, áudio visual como forma de lazer educação as crianças tocantinópolinas. O público alvo são os docentes e crianças das escolas de educação infantil, ou ensino fundamental dos anos iniciais, crianças da comunidade em geral e docente do campus de Tocantinópolis. 

Então a partir disso, Valéria coloca sua preocupação sobre o entendimento que as pessoas têm com relação ao projeto, pelo fato de as pessoas verem o projeto como uma espécie de creche, e ressalta que nos bolsistas não temos capacitação para cuidar de crianças, pois para isso teríamos que ser brinquedistas. A mesma coloca que o papel da bolsista é de orientar tanto os professores como os alunos, orientar no sentido de dar apoio.

Seguindo a linha de Valéria, Leidian coloca que até mesmo os professores confundem o projeto com creche, pois estes levam os alunos até lá para servir só como passatempo, sem desenvolver nenhum tipo de atividade lúdica com a criança, não trabalham nada que tenha relação com o filme. Ou seja, levam a criança sem nenhum vinculo educacional. Desse modo, Fabíola coloca que é importante que a criança desenvolva alguma atividade lúdica porque essas estimulam o pensar e o agir da criança, porque a mesma não terá nenhum tipo de desenvolvimento através de atividades fechadas, que são atividades que já vem prontas, como exemplo colocar para as crianças pintarem uma figura que aparece no filme, sendo que a mesma já esta impressa só para a criança colorir.

Desse modo, Allyne coloca a seguinte pergunta: que tipo de orientação de fato é desenvolvida pelas bolsistas dentro do espaço cineclubinho? Valéria coloca que nossa responsabilidade e de orientar o professor, mas muitas vezes o professor não planeja nenhuma atividade e as próprias bolsistas precisam planejar algo rápido para que as crianças possam desenvolver. Mas, o apoio que é dado é no caso da professora precisar de algo, ou a criança estiver com dificuldade em algum aspecto, a bolsista pode está orientando nesse sentido.

Dentro dessa perspectiva, Allyne cita o filme “como estrelas na terra: toda criança é especial”, neste a gente pôde perceber como as atividades lúdicas estimulam no aprendizado de crianças que tem dificuldades de aprendizagem. Leidian coloca que as atividades desenvolvidas vão desde exibição de filmes, seguindo de atividades lúdicas, que estimulem o pensar e o agir da garotada. Arinalda coloca que a gente já avançou muito em relação ao espaço, aos poucos a gente está adquirindo as coisas e é isso que precisa ser mostrado para as pessoas.

Fabíola ressalta a importância da escolha da temática, porque a partir da temática o professor pode ver nos filmes aquilo que ainda não viu, ou algo que está muito em questão, porque os desenhos infantis trazem muito isso, como por exemplo, a questão do racismo, no filme A princesa e o sapo, cuidado com os animais, como em Lucas – um intruso no formigueiro, e a Era do gelo, que chama a atenção para o aquecimento global. Enfim.

Também é muito importante levar em consideração a faixa etária, porque a partir dessa, se poderá escolher um filme de acordo com a idade da criança, porque como Gezilene coloca, crianças de um ano não conseguem ter uma hora de atenção em um filme, essa não vai ter toda essa atenção porque crianças nessa faixa etária querem mais é explorar, conhecer  experimentar. Dessa forma, conhecer a utilização do filme é um recurso lúdico da linguagem, sendo assim o planejamento é fundamental. O professor é apenas um mediador, mas a criança tem todo o direito de pensar e agir.         

Arinalda coloca que sobre as atividades desenvolvidas e resultados obtidos a partir das ações do cineclubinho, que existem sim algumas dificuldades, como a questão do espaço, que não era apropriado, DVD’s que não existiam muito no acervo, enfim, havia uma série de dificuldades que foram sendo amenizadas a cada dia, e hoje já avançamos bastante, porque já temos uma sala própria com colchonetes, tudo para atender melhor a criança. Mas agora precisamos avançar mais em relação à questão teórica, precisamos conhecer mais sobre as limitações da criança, suas atitudes assim termos melhores resultados de atendimento dentro do espaço.

Para concluir Valéria coloca que no decorrer dos semestres podemos notar a relevância do projeto para o campus e a comunidade local, o quanto que este está contribuindo na alfabetização e na educação infantil. Segundo a mesma, o espaço e as atividades desenvolvidas contribuem para nossa formação, pois funciona como uma série de estagio, e também pode ser de suma importância na elaboração do projeto de conclusão de curso.

Aluna: Leidiane Oliveira Costa
Bolsista do projeto Brinquedoteca Mário de Andrade.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Programação Cineclubinho UFToca - 1º semestre 2012


Vejam abaixo a programação do nosso Cineclubinho UFToca para o primeiro neste deste ano.
Só para lembrar, as sessões iniciam as 18 horas, na sala do Cineclubinho, no Campus da UFT. A entrade é livre.

Para o segundo semestre, estamos aceitando sugestões de filmes.

Datas e  Filmes

31/03 Mulan 2;

14/04 Irmão Urso 2;

21/04 Tayná;

05/05 Spirit: o corcel indomável;

12/05 Alvin e os esquilos 2;

19/05 Sherek 3;

26/05 As grandes histórias do Mate
(Dia Internacional do brincar);

09/06 Rio; 16/06 Animais unidos jamais serão vencidos;

23/06 Lucas: um intruso no formigueiro;

07/07 Zé Colméia: o filme;

14/07 O bicho vai pegar 2

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Toda Criança do Mundo é Especial


No encontro do dia 16/03/2011 o grupo de estudos: Linguagem e Docência pertencente ao NEIL, desenvolveu o combinado com autonomia, pois contávamos apenas com nós alunas, e nem um outro suporte de professoras, e com quase todo o ritual de um encontro normal, em que as professoras Arinalda e Fabíola estão presentes.

A tarde se iniciou com a leitura do encontro passado, o ultimo do ano de 2010, a qual nossa colega Jaqueline ficou responsável de apresentar, juntamente com a professora Ana Cristina, e relatar sobre “O brinquedo e o aprender”. Em seguida nos organizamos para a exibição do filme: “Como estrelas na terra – Toda criança é especial”, do qual nossa amiga Cris Rosa estava responsável.

Como o mesmo conta com quase três horas, emocionantes, de duração e não contávamos com a presença da professora/psicóloga Ana Cristina, a meu ver, cabe agora uma discussão, talvez não tão aprofundada , mas que busque captar a essência e magia do mesmo, para que a exibição, lagrimas e enredo, entre outros não seja deixado de lado sem uma apreciação digna dos nossos diversos olhares.

O filme retrata a história de um garoto indiano na fase dos 8 a 10 anos de idade, segundo filho de uma família classe média indiana, que vive, de maneira superficial, entre mimos e notas baixas na escola. O garoto se mostra um ótimo desenhista e sonhador, à medida que seu irmão mais velho é o melhor aluno de sua turma. Estes passam a ser constantemente comparados pela família, amigos e escola. Enquanto os pais buscam resultados e competição, o mesmo encontra em tudo que ver pela frente um motivo novo para sorrir e brincar.

Essa característica romântico-brincalhona-sonhadora faz com que a escola e seus familiares pensem que o garoto seja um preguiçoso, na medida em que faz questão de cometer todos os dias os mesmos erros , e não busca melhorá-los. A escola chega a sugerir que o garoto talvez tenha alguma dificuldade intelectual, e que seria bom procurar instituições especializadas, ao que faz o pai perder paciência: “meu filho não é doente” e o encaminhá-lo para um colégio interno rígido e afastado do ambiente conhecido.

Nesta nova escola o quadro de aprendizagem deste segue não melhorando em nada e de certo modo cada dia pior. O mesmo passa a se enfurecer até o ponto em que não desenha e não fala com os colegas e pais. E é somente com a chegada/ajuda de um professor substituto de arte, que tem experiências com crianças especiais e o universo lúdico, que se percebe, ao longo da história, que o verdadeiro problema é na verdade dislexia, e que o garoto não se desenvolve porque não quer, mas sim porque tem dificuldades em compreender ordens, seqüências, palavras, etc.

E a nova tarefa do professor, juntamente com a escola, passa a ser devolver: o gosto pelo aprender, o ser criança, a capacidade intelectual e o imaginário, entre outros, para o garoto que perdeu tudo isso e que passava seguir pelos corredores escolares em depressão-furia-frustação.

O filme é sem duvida uma fonte de pontos a serem discutidos e que se claream a medida em que são refletidos. Vale a cada um de nós assisti-lo, se emocionar e repensar uma série de questões entre elas a: prática, enquanto professores e pais, a vida, os interesses e, sobretudo, a escola reflexiva que queremos ter e construir, entre outros pontos , com certeza.

Aluna: Allyne Duarte Araújo

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O Papel do Brinquedo no Desenvolvimento Infantil


Este encontro do dia 07 de Dezembro de 2010 será o ultimo do ano, e iremos discutir sobre o texto maravilhoso, porém, contem algumas lagunas na sua tradução. O mesmo será apresentado pela professora Ana Cristina e pela acadêmica Jaqueline. Neste encontro realizamos o nosso amigo secreto que foi diferente, pois descobrimos quem tiraríamos no dia, na verdade um amigo susto, as alunas Valéria e Leidian fizeram uma brincadeira onde um presente passava nas mãos de todos,porém apenas uma pessoa ganhou o presente, a mesma depois distribui as lembranças para todos.

De acordo com o texto, é incorreto definir o brinquedo como uma atividade que dar prazer à criança por duas razões:

Ø  Existem muitas outras situações que dão mais prazer à criança do que brincar. Ex: Chupar chupeta.

Ø  Existem jogos no qual a própria atividade não é agradável. Ex: na idade Pré-escolar, os jogos só dão prazer à criança se ela considerar o resultado interessante.

Vygotsky fala que freqüentemente descrevemos os desenvolvimentos da criança como o de suas funções intelectuais. Todo avanço está conectado com uma mudança nas motivações, tendências e motivos, o que é de interesse para um bebê não é para uma criança de 3 anos, a maturação das necessidades é um tópico predominante nessa discussão, pois é impossível ignorar que a criança satisfaz certas necessidades no brinquedo. Se não entendemos o caráter especial dessas necessidades, não podemos entender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade.

 Crianças pequenas, até três anos: satisfação dos desejos de imediato, ou são facilmente distraídos. Crianças Pré-escolares: desejos irrealizáveis imediatamente, com tendência a querer realizá-los. “para resolver essa tensão, a criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é chamado de brinquedo.” No brinquedo a criança cria uma situação imaginaria. A imaginação é um processo novo para a criança, é uma atividade consciente e surge da ação.

O brincar e as regras, o desenvolvimento do jogar com as regras começam no fim da idade pré-escolar, “o brinquedo envolvendo uma situação imaginária é de fato, um brinquedo baseado em regras. Ex. duas irmãs brincando de irmãs, o que parecia real passa despercebido pela criança, torna-se uma regra de comportamento no brinquedo”. O papel que a criança representa e a relação dela com um objeto originarem-se ao sempre das regras. Jogos com regras, situação imaginaria, assim que é o regulamento por regras, várias possibilidades de ação são eliminadas. Ex. jogo de xadrez (rainha, cavalo sem movem em determinadas direções).

É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento da criança. Crianças até três anos, os objetos ditam as crianças o que ela tem que fazer, os objetos tem forças motivadoras inerente, no que diz respeito às ações de uma criança muito pequena. No brinquedo, no entanto, os objetos perdem sua força determinadora, “A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação aquilo que vê”, assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê.

Crianças em idade pré-escolar: no brinquedo o pensamento está separado dos objetos a ação da criança surge das idéias e não das coisas. Ex. pedaço de madeira torna-se boneco, cabo de vassoura torna-se um cavalo. Um cabo de vassoura pode ser um cavalo, mas, um cartão postal não pode ser um cavalo porque resulta da razão significado/objeto. O significado torna-se o ponto central e os objetos são deslocados de uma posição dominante para uma posição subordinada.

O brinquedo é um fator importante no desenvolvimento, mas não é predominante. No brinquedo a criança e comporta além do comportamento habitual, o mesmo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele uma grande fonte de desenvolvimento.

Aluna: Jaqueline Costa Silva.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

O cinema na sala de aula


Na discussão do grupo de estudos NEIL do dia 16 de novembro de 2010 as acadêmicas Leidiam e Valéria apresentaram o texto “o cinema na sala de aula”, de Marcos Napolitano. Elas explanaram que o cinema é conhecido como a 7ª arte, e que este é também, a mais de um século, responsável por encantar as pessoas de variadas idades.

Uma das dificuldades posta por elas de trazer o cinema para a sala de aula é o fato dos professores não saberem como trabalhá-lo. Ou seja, utilizá-lo de forma a poder melhor explorá-lo, tanto em arte como em contexto, entre outros. Já que o mesmo está inserido no campo da mídia-educação envolve o caso dos professores assistirem previamente os filmes que irão trabalhar, refletir sobre os objetivos que esperam alcançar com tal atividade para que se tenham debates melhores, desempenho e que consigam chamar verdadeiramente a atenção das crianças.

Se tornando interessante quando elas, as luzes do texto de Napolitano colocaram a questão de que se devem abordar os filmes conforme as faixas etárias dos alunos, levando-se em consideração as reflexões sobre o público e atividades planejadas. As palestrantes usaram como exemplo o Cineclubinho, que é um projeto audiovisual do campus universitário de Tocantinópolis em parceria com a secretaria da educação e as escolas do município e da cidade, que busca explorar recursos, imagens e linguagens que o cinema e o audiovisual vinculam em si, possibilitando as séries de educação infantil e primeiros ciclos do ensino fundamental aproximarem-se desta arte tão fabulosa.

O uso inadequado do cinema em sala de aula, quando os professores não sabem ou desconhecem seus usos, termina, como bem explicaram nossas colegas, a servirem de vídeo tampa buraco para momentos inesperados, vídeo enrolação quando o filme não faz nenhum tipo de ligação com o tema abordado em sala, e vídeo vislumbre que é quando o professor se encontra fascinado é quer procurar utilizar filmes em todas as suas aulas.

Para elas o cinema pode ser empregado como fator de sensibilização, ilustração, e conteúdo de ensino, pois mostra determinados assuntos de forma direta ou indireta, criatividade como forma de apropriação dos meios e mídias disponíveis, podendo se aproveitado desde todos esses aspectos bem como trilha sonora, matemática, português, literatura, educação física, entre outros conteúdos e disciplinas que possam auxiliar na explicação do professor, e assim essa ferramenta artística estaria ligada não só ao entretenimento, mas também ao pontecial de aprendizagem a qualquer público e faixa etária.

Através do cinema, como nossas locutoras bem explicaram, pode-se muito bem transmitir cultura, interação, conhecimento, entre outras, e o cineclubinho se insere também neste meio como forma de trazer e apresentar a universidade as crianças, além é claro de alcançar seus outros objetivos.

Para o ponto de discussão entre os participantes do grupo a profª Arinalda destacou a relação que este texto faz com outro texto, já também discutido, que é “como trabalhar a linguagem audiovisual” de autoria de dela mesma em parceria com a professora Fabíola, e que assim como na explanação das nossas palestrantes o uso desta ferramenta envolve planejamento prévio das atividades, cultura cinematográfica (hábito de assistir cinema), e o fato de se atentar ao começo, meio e fim do enredo abordado no filme, que envolve também uma espécie de alfabetização através deste. E que isto levanta inúmeras questões, incluindo a de ir além das imagens e história, abrindo possibilidades para leituras críticas da ficção e da realidade, e que insere o professor como mediador destas muitas discussões.   

Já nossa profª Fabíola colocou a importância de se conceituar a crítica da história, e que o letramento da cibecultura envolve além de todas as coisas citadas anteriormente os quatro pilares da cultura humana, que são, segundo ela: 1° arte, 2º música, 3ª filosofia e 4º ciência. E que todas as artes estão envolvidas no cinema, e que não é este preso a si só. Para ela, inserir de fato o cinema de forma correta na escola, além da sensibilidade dos professores, envolve também algumas modificações no currículo escolar, pensando os pontos de aproximação entre cinema e educação, e que elementos a arte vêm trazendo para a educação. Destacando como exemplo o ensino de música obrigatório garantido nos currículos escolares.

Dando mais ênfase às questões levantadas pela professora Fabíola, a profª Arinalda diz-nos que a arte favorece o desenvolvimento pleno do cérebro, uma vez que se utilizam os dois hemisférios deste, destacando a fase inventiva e a fase repetitiva, para ela estas duas fases são importantes, mas para o desenvolvimento a primeira se torna mais interessantes, pois seria ela a encarregada de nos fazer sempre está aprendendo algo novo e sair do ponto automático e repetitivo que a segunda nos impõe, enfatizando que para o cinema isso se faz importante, porque auxiliar na clareza de fazer relações e leituras críticas.

Nossa professora Fabíola citou a metáfora do autor Leonardo Boff “as galinhas e as águias”, reforçando a idéia anterior da profª Arinalda. Nossos acadêmicos Ravel e Cris Rosa levantaram também as questões filosóficas e ideológicas que os filmes envolvem em si, do qual a profª Arinalda ainda destacou o contexto livro-cinema, adaptações e análises diferentes. E os nossos colegas Allyne e Ravel a importância de se analisar o cinema por seus vários aspectos sociais, regionais, ideológicos e culturais, entre outros.

Nossa colega Cris Rosa destaca o fato da educação visual ser trabalhada desde o começo, já quando as crianças começam a interagir com as imagens. Para a palestrante Leidiam essa relação ficção x realidade se torna interessante, pois reforça a idéia posta por nosso colega Ravel que trouxe a pesquisadora Belloni, no que ela diz sobre a utilização da mídia e o saber dissociar realidade, imaginário e ficção.

A discussão terminou então com três apresentações do vídeo e música “a velha a fiar” onde podemos diferenciar e perceber na prática como funcionam as questões abordadas no texto de Napolitano e trazidas pelas nossas colegas.        
  
Aluna: Allyne Duarte Araújo.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O menino do pijama listrado (Relato)


No dia 09 de novembro de 2010, tivemos mais um encontro do grupo de estudo, encontro este que começou com o relato da bolsista Gêzilene, que relatou sobre o encontro do dia 19 de outubro de 2010, onde foi nos apresentado o texto “O cotidiano da criança livre no Brasil: Entre a Colônia e o Império” (Mary Del Priore).

O filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial, onde uma família alemã se muda de Berlim para Auschewits, quando o patriarca é ordenado por Hitler em pessoa a trabalhar no campo de concentração. Assim, Bruno, um garoto de nove anos e filho do oficial começa uma amizade com um menino judeu da mesma idade.

O filme começa com a mudança da família alemã para Auschiwits, lá Bruno, o filho mais novo, não gosta da casa, pois não podia sair e não tinha amigos, como é muito curioso vai dar uma volta no quintal de casa, lá ele conhece outro garoto que usa uma roupa listrada que se chama Shamuel, eles ficam amigos, mas Bruno não sabia que o amigo era judeu. Tornam-se amigos, porém uma cerca os separa, no entanto isso não atrapalha a amizade dos dois, nem o seu pai que odiava os judeus atrapalhou essa grande amizade. Shamuel diz para Bruno que está preocupado, pois seu pai esta desaparecido, ele então pede a seu amigo ajuda para encontrar-lo.

Em mais uma briga de seus pais, pois sua mãe não aceitava o que seu pai fazia, concordaram que ali não era um bom lugar para os seus filhos morarem, ele resolveu que sua mulher e seus filhos iam embora. Porém, no dia que iam embora Bruno resolve ir ajudar seu amigo a encontrar seu pai. E vestiu-se com as roupas dos judeus e foram procurá-lo onde os judeus moravam, mas este foi o dia em que o pai de Bruno mandou queimar todos os judeus, porém ele não sabia que seu filho estava junto com as pessoas que mais odiava. Quando sua mulher percebe pela falta de Bruno já era tarde demais, ele já havia sido queimado junto com as pessoas que seu pai mais detestava, e que ele mesmo mandou matar-las.

Fabíola começa falando que o contexto histórico é bastante complicado e existe muita rivalidade entre a Alemanha, os judeus e os nazistas, e de certa forma nós tentamos camuflar o que está acontecendo, só que a gente percebe que a criança é muito atenta e nós temos que nos atentar para essa atenção que a criança dar as coisas, pois é uma fase onde a criança realmente quer desbravar, ser um explorador, mas não permitimos conhecer. E que se percebe em grande parte do tempo que o garoto perguntava e todo o enrolavam se dar-lhe uma resposta exata.

Fabíola também diz que no filme existe muito a questão da classe social, que é muito forte, e que nos faz pensar realmente qual é o nosso papel enquanto educadores. O filme é apenas uma ficção, mas que acontece realmente no mundo, não só na Alemanha, mas ocorrendo ao nosso redor, porém de outras formas. Ela diz também que os garotos falavam acerca de todo o tempo que quando tudo aquilo acabar, nós podemos brincar, ou seja, eles não viam nada de ruim.

Arinalda fala que na cabeça deles não ia durar muito aquilo, era apenas uma fase. Arinalda diz que assistindo o filme lembrou-se de algumas coisas, que viu passar na televisão, uma delas a questão de classe social, que nós querendo ou não é muito forte. Ela diz também que acompanho seus alunos de estágio, percebe-se o quanto que as crianças são carentes e não consegue passar algum tipo de afeto para as outras pessoas. Percebe-se também que existem crianças iguais a Bruno, pois no momento que o soldado passou a mão na cabeça dele, ele se esquivou, pensando que ia apanhar. Enxerga-se também que esse tipo de atitude existe nas creches e na pré-escola. Percebe-se também crianças que tem dificuldade em dar um abraço, pedir desculpas, sentar perto de outro colega, elas tem dificuldades porque talvez não vivam isso em seu dia a dia, e nas escolas não é diferente, existe também certa dificuldade dos nossos profissionais atuantes na educação infantil em passar ou resgatar isso para as crianças.

Fabíola retoma falando que o filme traz também dois momentos, o primeiro em que Bruno tem seu pai como um herói, e outro aonde de repente ele descobre o que seu pai fazia, com isso acaba-se toda essa concepção que ele fazia do pai.

Aluna: Jaqueline Costa Silva