No
encontro do dia 16/03/2011 o grupo de estudos: Linguagem e Docência pertencente
ao NEIL, desenvolveu o combinado com autonomia, pois contávamos apenas com nós
alunas, e nem um outro suporte de professoras, e com quase todo o ritual de um
encontro normal, em que as professoras Arinalda e Fabíola estão presentes.
A
tarde se iniciou com a leitura do encontro passado, o ultimo do ano de 2010, a
qual nossa colega Jaqueline ficou responsável de apresentar, juntamente com a
professora Ana Cristina, e relatar sobre “O brinquedo e o aprender”. Em seguida
nos organizamos para a exibição do filme: “Como estrelas na terra – Toda
criança é especial”, do qual nossa amiga Cris Rosa estava responsável.
Como
o mesmo conta com quase três horas, emocionantes, de duração e não contávamos
com a presença da professora/psicóloga Ana Cristina, a meu ver, cabe agora uma
discussão, talvez não tão aprofundada , mas que busque captar a essência e
magia do mesmo, para que a exibição, lagrimas e enredo, entre outros não seja
deixado de lado sem uma apreciação digna dos nossos diversos olhares.
O
filme retrata a história de um garoto indiano na fase dos 8 a 10 anos de idade,
segundo filho de uma família classe média indiana, que vive, de maneira
superficial, entre mimos e notas baixas na escola. O garoto se mostra um ótimo
desenhista e sonhador, à medida que seu irmão mais velho é o melhor aluno de
sua turma. Estes passam a ser constantemente comparados pela família, amigos e
escola. Enquanto os pais buscam resultados e competição, o mesmo encontra em
tudo que ver pela frente um motivo novo para sorrir e brincar.
Essa
característica romântico-brincalhona-sonhadora faz com que a escola e seus
familiares pensem que o garoto seja um preguiçoso, na medida em que faz questão
de cometer todos os dias os mesmos erros , e não busca melhorá-los. A escola
chega a sugerir que o garoto talvez tenha alguma dificuldade intelectual, e que
seria bom procurar instituições especializadas, ao que faz o pai perder
paciência: “meu filho não é doente” e o encaminhá-lo para um colégio interno
rígido e afastado do ambiente conhecido.
Nesta
nova escola o quadro de aprendizagem deste segue não melhorando em nada e de
certo modo cada dia pior. O mesmo passa a se enfurecer até o ponto em que não
desenha e não fala com os colegas e pais. E é somente com a chegada/ajuda de um
professor substituto de arte, que tem experiências com crianças especiais e o
universo lúdico, que se percebe, ao longo da história, que o verdadeiro
problema é na verdade dislexia, e que o garoto não se desenvolve porque não
quer, mas sim porque tem dificuldades em compreender ordens, seqüências,
palavras, etc.
E a
nova tarefa do professor, juntamente com a escola, passa a ser devolver: o
gosto pelo aprender, o ser criança, a capacidade intelectual e o imaginário,
entre outros, para o garoto que perdeu tudo isso e que passava seguir pelos
corredores escolares em depressão-furia-frustação.
O
filme é sem duvida uma fonte de pontos a serem discutidos e que se claream a
medida em que são refletidos. Vale a cada um de nós assisti-lo, se emocionar e
repensar uma série de questões entre elas a: prática, enquanto professores e
pais, a vida, os interesses e, sobretudo, a escola reflexiva que queremos ter e
construir, entre outros pontos , com certeza.
Aluna:
Allyne Duarte Araújo
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