quinta-feira, 17 de maio de 2012

Toda Criança do Mundo é Especial


No encontro do dia 16/03/2011 o grupo de estudos: Linguagem e Docência pertencente ao NEIL, desenvolveu o combinado com autonomia, pois contávamos apenas com nós alunas, e nem um outro suporte de professoras, e com quase todo o ritual de um encontro normal, em que as professoras Arinalda e Fabíola estão presentes.

A tarde se iniciou com a leitura do encontro passado, o ultimo do ano de 2010, a qual nossa colega Jaqueline ficou responsável de apresentar, juntamente com a professora Ana Cristina, e relatar sobre “O brinquedo e o aprender”. Em seguida nos organizamos para a exibição do filme: “Como estrelas na terra – Toda criança é especial”, do qual nossa amiga Cris Rosa estava responsável.

Como o mesmo conta com quase três horas, emocionantes, de duração e não contávamos com a presença da professora/psicóloga Ana Cristina, a meu ver, cabe agora uma discussão, talvez não tão aprofundada , mas que busque captar a essência e magia do mesmo, para que a exibição, lagrimas e enredo, entre outros não seja deixado de lado sem uma apreciação digna dos nossos diversos olhares.

O filme retrata a história de um garoto indiano na fase dos 8 a 10 anos de idade, segundo filho de uma família classe média indiana, que vive, de maneira superficial, entre mimos e notas baixas na escola. O garoto se mostra um ótimo desenhista e sonhador, à medida que seu irmão mais velho é o melhor aluno de sua turma. Estes passam a ser constantemente comparados pela família, amigos e escola. Enquanto os pais buscam resultados e competição, o mesmo encontra em tudo que ver pela frente um motivo novo para sorrir e brincar.

Essa característica romântico-brincalhona-sonhadora faz com que a escola e seus familiares pensem que o garoto seja um preguiçoso, na medida em que faz questão de cometer todos os dias os mesmos erros , e não busca melhorá-los. A escola chega a sugerir que o garoto talvez tenha alguma dificuldade intelectual, e que seria bom procurar instituições especializadas, ao que faz o pai perder paciência: “meu filho não é doente” e o encaminhá-lo para um colégio interno rígido e afastado do ambiente conhecido.

Nesta nova escola o quadro de aprendizagem deste segue não melhorando em nada e de certo modo cada dia pior. O mesmo passa a se enfurecer até o ponto em que não desenha e não fala com os colegas e pais. E é somente com a chegada/ajuda de um professor substituto de arte, que tem experiências com crianças especiais e o universo lúdico, que se percebe, ao longo da história, que o verdadeiro problema é na verdade dislexia, e que o garoto não se desenvolve porque não quer, mas sim porque tem dificuldades em compreender ordens, seqüências, palavras, etc.

E a nova tarefa do professor, juntamente com a escola, passa a ser devolver: o gosto pelo aprender, o ser criança, a capacidade intelectual e o imaginário, entre outros, para o garoto que perdeu tudo isso e que passava seguir pelos corredores escolares em depressão-furia-frustação.

O filme é sem duvida uma fonte de pontos a serem discutidos e que se claream a medida em que são refletidos. Vale a cada um de nós assisti-lo, se emocionar e repensar uma série de questões entre elas a: prática, enquanto professores e pais, a vida, os interesses e, sobretudo, a escola reflexiva que queremos ter e construir, entre outros pontos , com certeza.

Aluna: Allyne Duarte Araújo

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