terça-feira, 1 de maio de 2012

O menino do pijama listrado (Relato)


No dia 09 de novembro de 2010, tivemos mais um encontro do grupo de estudo, encontro este que começou com o relato da bolsista Gêzilene, que relatou sobre o encontro do dia 19 de outubro de 2010, onde foi nos apresentado o texto “O cotidiano da criança livre no Brasil: Entre a Colônia e o Império” (Mary Del Priore).

O filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial, onde uma família alemã se muda de Berlim para Auschewits, quando o patriarca é ordenado por Hitler em pessoa a trabalhar no campo de concentração. Assim, Bruno, um garoto de nove anos e filho do oficial começa uma amizade com um menino judeu da mesma idade.

O filme começa com a mudança da família alemã para Auschiwits, lá Bruno, o filho mais novo, não gosta da casa, pois não podia sair e não tinha amigos, como é muito curioso vai dar uma volta no quintal de casa, lá ele conhece outro garoto que usa uma roupa listrada que se chama Shamuel, eles ficam amigos, mas Bruno não sabia que o amigo era judeu. Tornam-se amigos, porém uma cerca os separa, no entanto isso não atrapalha a amizade dos dois, nem o seu pai que odiava os judeus atrapalhou essa grande amizade. Shamuel diz para Bruno que está preocupado, pois seu pai esta desaparecido, ele então pede a seu amigo ajuda para encontrar-lo.

Em mais uma briga de seus pais, pois sua mãe não aceitava o que seu pai fazia, concordaram que ali não era um bom lugar para os seus filhos morarem, ele resolveu que sua mulher e seus filhos iam embora. Porém, no dia que iam embora Bruno resolve ir ajudar seu amigo a encontrar seu pai. E vestiu-se com as roupas dos judeus e foram procurá-lo onde os judeus moravam, mas este foi o dia em que o pai de Bruno mandou queimar todos os judeus, porém ele não sabia que seu filho estava junto com as pessoas que mais odiava. Quando sua mulher percebe pela falta de Bruno já era tarde demais, ele já havia sido queimado junto com as pessoas que seu pai mais detestava, e que ele mesmo mandou matar-las.

Fabíola começa falando que o contexto histórico é bastante complicado e existe muita rivalidade entre a Alemanha, os judeus e os nazistas, e de certa forma nós tentamos camuflar o que está acontecendo, só que a gente percebe que a criança é muito atenta e nós temos que nos atentar para essa atenção que a criança dar as coisas, pois é uma fase onde a criança realmente quer desbravar, ser um explorador, mas não permitimos conhecer. E que se percebe em grande parte do tempo que o garoto perguntava e todo o enrolavam se dar-lhe uma resposta exata.

Fabíola também diz que no filme existe muito a questão da classe social, que é muito forte, e que nos faz pensar realmente qual é o nosso papel enquanto educadores. O filme é apenas uma ficção, mas que acontece realmente no mundo, não só na Alemanha, mas ocorrendo ao nosso redor, porém de outras formas. Ela diz também que os garotos falavam acerca de todo o tempo que quando tudo aquilo acabar, nós podemos brincar, ou seja, eles não viam nada de ruim.

Arinalda fala que na cabeça deles não ia durar muito aquilo, era apenas uma fase. Arinalda diz que assistindo o filme lembrou-se de algumas coisas, que viu passar na televisão, uma delas a questão de classe social, que nós querendo ou não é muito forte. Ela diz também que acompanho seus alunos de estágio, percebe-se o quanto que as crianças são carentes e não consegue passar algum tipo de afeto para as outras pessoas. Percebe-se também que existem crianças iguais a Bruno, pois no momento que o soldado passou a mão na cabeça dele, ele se esquivou, pensando que ia apanhar. Enxerga-se também que esse tipo de atitude existe nas creches e na pré-escola. Percebe-se também crianças que tem dificuldade em dar um abraço, pedir desculpas, sentar perto de outro colega, elas tem dificuldades porque talvez não vivam isso em seu dia a dia, e nas escolas não é diferente, existe também certa dificuldade dos nossos profissionais atuantes na educação infantil em passar ou resgatar isso para as crianças.

Fabíola retoma falando que o filme traz também dois momentos, o primeiro em que Bruno tem seu pai como um herói, e outro aonde de repente ele descobre o que seu pai fazia, com isso acaba-se toda essa concepção que ele fazia do pai.

Aluna: Jaqueline Costa Silva

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