quarta-feira, 2 de maio de 2012

O cinema na sala de aula


Na discussão do grupo de estudos NEIL do dia 16 de novembro de 2010 as acadêmicas Leidiam e Valéria apresentaram o texto “o cinema na sala de aula”, de Marcos Napolitano. Elas explanaram que o cinema é conhecido como a 7ª arte, e que este é também, a mais de um século, responsável por encantar as pessoas de variadas idades.

Uma das dificuldades posta por elas de trazer o cinema para a sala de aula é o fato dos professores não saberem como trabalhá-lo. Ou seja, utilizá-lo de forma a poder melhor explorá-lo, tanto em arte como em contexto, entre outros. Já que o mesmo está inserido no campo da mídia-educação envolve o caso dos professores assistirem previamente os filmes que irão trabalhar, refletir sobre os objetivos que esperam alcançar com tal atividade para que se tenham debates melhores, desempenho e que consigam chamar verdadeiramente a atenção das crianças.

Se tornando interessante quando elas, as luzes do texto de Napolitano colocaram a questão de que se devem abordar os filmes conforme as faixas etárias dos alunos, levando-se em consideração as reflexões sobre o público e atividades planejadas. As palestrantes usaram como exemplo o Cineclubinho, que é um projeto audiovisual do campus universitário de Tocantinópolis em parceria com a secretaria da educação e as escolas do município e da cidade, que busca explorar recursos, imagens e linguagens que o cinema e o audiovisual vinculam em si, possibilitando as séries de educação infantil e primeiros ciclos do ensino fundamental aproximarem-se desta arte tão fabulosa.

O uso inadequado do cinema em sala de aula, quando os professores não sabem ou desconhecem seus usos, termina, como bem explicaram nossas colegas, a servirem de vídeo tampa buraco para momentos inesperados, vídeo enrolação quando o filme não faz nenhum tipo de ligação com o tema abordado em sala, e vídeo vislumbre que é quando o professor se encontra fascinado é quer procurar utilizar filmes em todas as suas aulas.

Para elas o cinema pode ser empregado como fator de sensibilização, ilustração, e conteúdo de ensino, pois mostra determinados assuntos de forma direta ou indireta, criatividade como forma de apropriação dos meios e mídias disponíveis, podendo se aproveitado desde todos esses aspectos bem como trilha sonora, matemática, português, literatura, educação física, entre outros conteúdos e disciplinas que possam auxiliar na explicação do professor, e assim essa ferramenta artística estaria ligada não só ao entretenimento, mas também ao pontecial de aprendizagem a qualquer público e faixa etária.

Através do cinema, como nossas locutoras bem explicaram, pode-se muito bem transmitir cultura, interação, conhecimento, entre outras, e o cineclubinho se insere também neste meio como forma de trazer e apresentar a universidade as crianças, além é claro de alcançar seus outros objetivos.

Para o ponto de discussão entre os participantes do grupo a profª Arinalda destacou a relação que este texto faz com outro texto, já também discutido, que é “como trabalhar a linguagem audiovisual” de autoria de dela mesma em parceria com a professora Fabíola, e que assim como na explanação das nossas palestrantes o uso desta ferramenta envolve planejamento prévio das atividades, cultura cinematográfica (hábito de assistir cinema), e o fato de se atentar ao começo, meio e fim do enredo abordado no filme, que envolve também uma espécie de alfabetização através deste. E que isto levanta inúmeras questões, incluindo a de ir além das imagens e história, abrindo possibilidades para leituras críticas da ficção e da realidade, e que insere o professor como mediador destas muitas discussões.   

Já nossa profª Fabíola colocou a importância de se conceituar a crítica da história, e que o letramento da cibecultura envolve além de todas as coisas citadas anteriormente os quatro pilares da cultura humana, que são, segundo ela: 1° arte, 2º música, 3ª filosofia e 4º ciência. E que todas as artes estão envolvidas no cinema, e que não é este preso a si só. Para ela, inserir de fato o cinema de forma correta na escola, além da sensibilidade dos professores, envolve também algumas modificações no currículo escolar, pensando os pontos de aproximação entre cinema e educação, e que elementos a arte vêm trazendo para a educação. Destacando como exemplo o ensino de música obrigatório garantido nos currículos escolares.

Dando mais ênfase às questões levantadas pela professora Fabíola, a profª Arinalda diz-nos que a arte favorece o desenvolvimento pleno do cérebro, uma vez que se utilizam os dois hemisférios deste, destacando a fase inventiva e a fase repetitiva, para ela estas duas fases são importantes, mas para o desenvolvimento a primeira se torna mais interessantes, pois seria ela a encarregada de nos fazer sempre está aprendendo algo novo e sair do ponto automático e repetitivo que a segunda nos impõe, enfatizando que para o cinema isso se faz importante, porque auxiliar na clareza de fazer relações e leituras críticas.

Nossa professora Fabíola citou a metáfora do autor Leonardo Boff “as galinhas e as águias”, reforçando a idéia anterior da profª Arinalda. Nossos acadêmicos Ravel e Cris Rosa levantaram também as questões filosóficas e ideológicas que os filmes envolvem em si, do qual a profª Arinalda ainda destacou o contexto livro-cinema, adaptações e análises diferentes. E os nossos colegas Allyne e Ravel a importância de se analisar o cinema por seus vários aspectos sociais, regionais, ideológicos e culturais, entre outros.

Nossa colega Cris Rosa destaca o fato da educação visual ser trabalhada desde o começo, já quando as crianças começam a interagir com as imagens. Para a palestrante Leidiam essa relação ficção x realidade se torna interessante, pois reforça a idéia posta por nosso colega Ravel que trouxe a pesquisadora Belloni, no que ela diz sobre a utilização da mídia e o saber dissociar realidade, imaginário e ficção.

A discussão terminou então com três apresentações do vídeo e música “a velha a fiar” onde podemos diferenciar e perceber na prática como funcionam as questões abordadas no texto de Napolitano e trazidas pelas nossas colegas.        
  
Aluna: Allyne Duarte Araújo.

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