Na
discussão do grupo de estudos NEIL do dia 16 de novembro de 2010 as acadêmicas
Leidiam e Valéria apresentaram o texto “o cinema na sala de aula”, de Marcos
Napolitano. Elas explanaram que o cinema é conhecido como a 7ª arte, e que este
é também, a mais de um século, responsável por encantar as pessoas de variadas
idades.
Uma
das dificuldades posta por elas de trazer o cinema para a sala de aula é o fato
dos professores não saberem como trabalhá-lo. Ou seja, utilizá-lo de forma a
poder melhor explorá-lo, tanto em arte como em contexto, entre outros. Já que o
mesmo está inserido no campo da mídia-educação envolve o caso dos professores
assistirem previamente os filmes que irão trabalhar, refletir sobre os
objetivos que esperam alcançar com tal atividade para que se tenham debates
melhores, desempenho e que consigam chamar verdadeiramente a atenção das
crianças.
Se
tornando interessante quando elas, as luzes do texto de Napolitano colocaram a
questão de que se devem abordar os filmes conforme as faixas etárias dos alunos,
levando-se em consideração as reflexões sobre o público e atividades
planejadas. As palestrantes usaram como exemplo o Cineclubinho, que é um
projeto audiovisual do campus universitário de Tocantinópolis em parceria com a
secretaria da educação e as escolas do município e da cidade, que busca
explorar recursos, imagens e linguagens que o cinema e o audiovisual vinculam
em si, possibilitando as séries de educação infantil e primeiros ciclos do
ensino fundamental aproximarem-se desta arte tão fabulosa.
O
uso inadequado do cinema em sala de aula, quando os professores não sabem ou
desconhecem seus usos, termina, como bem explicaram nossas colegas, a servirem
de vídeo tampa buraco para momentos inesperados, vídeo enrolação quando o filme
não faz nenhum tipo de ligação com o tema abordado em sala, e vídeo vislumbre
que é quando o professor se encontra fascinado é quer procurar utilizar filmes
em todas as suas aulas.
Para
elas o cinema pode ser empregado como fator de sensibilização, ilustração, e
conteúdo de ensino, pois mostra determinados assuntos de forma direta ou
indireta, criatividade como forma de apropriação dos meios e mídias
disponíveis, podendo se aproveitado desde todos esses aspectos bem como trilha
sonora, matemática, português, literatura, educação física, entre outros
conteúdos e disciplinas que possam auxiliar na explicação do professor, e assim
essa ferramenta artística estaria ligada não só ao entretenimento, mas também
ao pontecial de aprendizagem a qualquer público e faixa etária.
Através
do cinema, como nossas locutoras bem explicaram, pode-se muito bem transmitir
cultura, interação, conhecimento, entre outras, e o cineclubinho se insere
também neste meio como forma de trazer e apresentar a universidade as crianças,
além é claro de alcançar seus outros objetivos.
Para
o ponto de discussão entre os participantes do grupo a profª Arinalda destacou
a relação que este texto faz com outro texto, já também discutido, que é “como
trabalhar a linguagem audiovisual” de autoria de dela mesma em parceria com a
professora Fabíola, e que assim como na explanação das nossas palestrantes o
uso desta ferramenta envolve planejamento prévio das atividades, cultura
cinematográfica (hábito de assistir cinema), e o fato de se atentar ao começo,
meio e fim do enredo abordado no filme, que envolve também uma espécie de
alfabetização através deste. E que isto levanta inúmeras questões, incluindo a
de ir além das imagens e história, abrindo possibilidades para leituras
críticas da ficção e da realidade, e que insere o professor como mediador
destas muitas discussões.
Já
nossa profª Fabíola colocou a importância de se conceituar a crítica da
história, e que o letramento da cibecultura envolve além de todas as coisas
citadas anteriormente os quatro pilares da cultura humana, que são, segundo
ela: 1° arte, 2º música, 3ª filosofia e 4º ciência. E que todas as artes estão
envolvidas no cinema, e que não é este preso a si só. Para ela, inserir de fato
o cinema de forma correta na escola, além da sensibilidade dos professores,
envolve também algumas modificações no currículo escolar, pensando os pontos de
aproximação entre cinema e educação, e que elementos a arte vêm trazendo para a
educação. Destacando como exemplo o ensino de música obrigatório garantido nos
currículos escolares.
Dando
mais ênfase às questões levantadas pela professora Fabíola, a profª Arinalda
diz-nos que a arte favorece o desenvolvimento pleno do cérebro, uma vez que se
utilizam os dois hemisférios deste, destacando a fase inventiva e a fase repetitiva,
para ela estas duas fases são importantes, mas para o desenvolvimento a
primeira se torna mais interessantes, pois seria ela a encarregada de nos fazer
sempre está aprendendo algo novo e sair do ponto automático e repetitivo que a
segunda nos impõe, enfatizando que para o cinema isso se faz importante, porque
auxiliar na clareza de fazer relações e leituras críticas.
Nossa
professora Fabíola citou a metáfora do autor Leonardo Boff “as galinhas e as
águias”, reforçando a idéia anterior da profª Arinalda. Nossos acadêmicos Ravel
e Cris Rosa levantaram também as questões filosóficas e ideológicas que os
filmes envolvem em si, do qual a profª Arinalda ainda destacou o contexto
livro-cinema, adaptações e análises diferentes. E os nossos colegas Allyne e Ravel
a importância de se analisar o cinema por seus vários aspectos sociais,
regionais, ideológicos e culturais, entre outros.
Nossa
colega Cris Rosa destaca o fato da educação visual ser trabalhada desde o
começo, já quando as crianças começam a interagir com as imagens. Para a
palestrante Leidiam essa relação ficção x realidade se torna interessante, pois
reforça a idéia posta por nosso colega Ravel que trouxe a pesquisadora Belloni,
no que ela diz sobre a utilização da mídia e o saber dissociar realidade,
imaginário e ficção.
A
discussão terminou então com três apresentações do vídeo e música “a velha a
fiar” onde podemos diferenciar e perceber na prática como funcionam as questões
abordadas no texto de Napolitano e trazidas pelas nossas colegas.
Aluna:
Allyne Duarte Araújo.
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