sábado, 19 de maio de 2012

Como usar o cinema na sala de aula


No dia 27/04/2011 tivemos mais um encontro do grupo de estudos NEIL, dessa vez com a apresentação do texto de Marcos Napolitano “Como usar o cinema na sala de aula” apresentado pelas bolsistas Leidian, Valéria e Gezilene.

De inicio foi apresentado o roteiro de como ia se dar a apresentação (oficina que ira ser realizado no dia 29 de abril), na qual em primeiro momento iria ser feito a apresentação do projeto cineclubinho, como este surgiu, o objetivo geral, o especifico e por fim iria ser apresentado as experiências vivenciadas no projeto.

De inicio, foi colocado que o projeto surgiu quando os professores perceberam o uso do audiovisual de maneira inadequada dentro da sala de aula. Então, a partir da inquietação das professoras Arinalda e Fabíola preocupadas com o desenvolvimento integral das crianças, criaram o projeto de extensão denominado cineclubinho, em parceria com a Secretária Municipal de Educação e com o Cineclube da UFT de Tocantinópolis coordenado pelo professor João Batista, por este assimilar que existiam crianças assistindo filmes de adultos nas sessões do cineclube. Daí veio a idéia de pensar um projeto destinado ao público infantil, que tivesse como característica pensar o aspecto cultural e o pedagógico, pois nenhum campus tinha um projeto dessa natureza. Desse modo, o projeto Cineclubinho surge em 2009, com o objetivo de promover o audiovisual, já que Tocantinópolis não oferecia nenhum espaço para as crianças nesse sentido. O projeto tinha/tem muito mais a ser visto além de que é mostrado. A criança, portanto pode alargar a sua imaginação. Então, em primeiro momento o que se pretendia era criar um espaço de atendimento as crianças que acompanham seus parentes a sessão do cineclube.

Segundo Valéria, o espaço proporciona acesso à cultura, áudio visual como forma de lazer educação as crianças tocantinópolinas. O público alvo são os docentes e crianças das escolas de educação infantil, ou ensino fundamental dos anos iniciais, crianças da comunidade em geral e docente do campus de Tocantinópolis. 

Então a partir disso, Valéria coloca sua preocupação sobre o entendimento que as pessoas têm com relação ao projeto, pelo fato de as pessoas verem o projeto como uma espécie de creche, e ressalta que nos bolsistas não temos capacitação para cuidar de crianças, pois para isso teríamos que ser brinquedistas. A mesma coloca que o papel da bolsista é de orientar tanto os professores como os alunos, orientar no sentido de dar apoio.

Seguindo a linha de Valéria, Leidian coloca que até mesmo os professores confundem o projeto com creche, pois estes levam os alunos até lá para servir só como passatempo, sem desenvolver nenhum tipo de atividade lúdica com a criança, não trabalham nada que tenha relação com o filme. Ou seja, levam a criança sem nenhum vinculo educacional. Desse modo, Fabíola coloca que é importante que a criança desenvolva alguma atividade lúdica porque essas estimulam o pensar e o agir da criança, porque a mesma não terá nenhum tipo de desenvolvimento através de atividades fechadas, que são atividades que já vem prontas, como exemplo colocar para as crianças pintarem uma figura que aparece no filme, sendo que a mesma já esta impressa só para a criança colorir.

Desse modo, Allyne coloca a seguinte pergunta: que tipo de orientação de fato é desenvolvida pelas bolsistas dentro do espaço cineclubinho? Valéria coloca que nossa responsabilidade e de orientar o professor, mas muitas vezes o professor não planeja nenhuma atividade e as próprias bolsistas precisam planejar algo rápido para que as crianças possam desenvolver. Mas, o apoio que é dado é no caso da professora precisar de algo, ou a criança estiver com dificuldade em algum aspecto, a bolsista pode está orientando nesse sentido.

Dentro dessa perspectiva, Allyne cita o filme “como estrelas na terra: toda criança é especial”, neste a gente pôde perceber como as atividades lúdicas estimulam no aprendizado de crianças que tem dificuldades de aprendizagem. Leidian coloca que as atividades desenvolvidas vão desde exibição de filmes, seguindo de atividades lúdicas, que estimulem o pensar e o agir da garotada. Arinalda coloca que a gente já avançou muito em relação ao espaço, aos poucos a gente está adquirindo as coisas e é isso que precisa ser mostrado para as pessoas.

Fabíola ressalta a importância da escolha da temática, porque a partir da temática o professor pode ver nos filmes aquilo que ainda não viu, ou algo que está muito em questão, porque os desenhos infantis trazem muito isso, como por exemplo, a questão do racismo, no filme A princesa e o sapo, cuidado com os animais, como em Lucas – um intruso no formigueiro, e a Era do gelo, que chama a atenção para o aquecimento global. Enfim.

Também é muito importante levar em consideração a faixa etária, porque a partir dessa, se poderá escolher um filme de acordo com a idade da criança, porque como Gezilene coloca, crianças de um ano não conseguem ter uma hora de atenção em um filme, essa não vai ter toda essa atenção porque crianças nessa faixa etária querem mais é explorar, conhecer  experimentar. Dessa forma, conhecer a utilização do filme é um recurso lúdico da linguagem, sendo assim o planejamento é fundamental. O professor é apenas um mediador, mas a criança tem todo o direito de pensar e agir.         

Arinalda coloca que sobre as atividades desenvolvidas e resultados obtidos a partir das ações do cineclubinho, que existem sim algumas dificuldades, como a questão do espaço, que não era apropriado, DVD’s que não existiam muito no acervo, enfim, havia uma série de dificuldades que foram sendo amenizadas a cada dia, e hoje já avançamos bastante, porque já temos uma sala própria com colchonetes, tudo para atender melhor a criança. Mas agora precisamos avançar mais em relação à questão teórica, precisamos conhecer mais sobre as limitações da criança, suas atitudes assim termos melhores resultados de atendimento dentro do espaço.

Para concluir Valéria coloca que no decorrer dos semestres podemos notar a relevância do projeto para o campus e a comunidade local, o quanto que este está contribuindo na alfabetização e na educação infantil. Segundo a mesma, o espaço e as atividades desenvolvidas contribuem para nossa formação, pois funciona como uma série de estagio, e também pode ser de suma importância na elaboração do projeto de conclusão de curso.

Aluna: Leidiane Oliveira Costa
Bolsista do projeto Brinquedoteca Mário de Andrade.

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